day after day

seguem ano após ano
os mesmos passos a humanidade:
auto destruição,
fatricídios,
poluição,
deseducação.

comemorar ano novo
é o mesmo que nada:
um niilismo de nietzsche.
explodem-se fogos de pirotecnia
e bombas de verdade
-todo dia! -
muerte e sangre,
nada a ser comemorado!
estamos comemorando nosso
flagelo! uma humanidade
de gelo.
distantes uns dos outros,
próximos quando se quer.
só
quando
se
quer.
bem me quer mal me quer...

É ratoeira!!!!!!!!!!!!!!

Puera! Leptospirose!
Água suja e vestígios de dejetos dos ratos silvestres!
Dureza!

Ratos de Brasília e das Assembleias Legislativas do País do Futebol afora:
Tô fora!

Cada vez mais nos afundamos na lama da corrupção.

Abunda a bunda!

Abunda a bunda no Brasil.
Bundas nas músicas e revistas,
na tela da TV é o que todo mundo gosta de V.
Na internet, só dá ela!

Onde a bunda passa seguem as pupilas:
dilatadas, atentas, instintivas!
Zóios que parecem treinados!
Cheinho de pensamentos sacanas.

Junta a cana e já era!

Sua marca

Deixe sua marca enquanto pode
você também pode ser um artrópode.

enquanto o chão está limpo
meu índice há de vir.

vem, então, águas e ventos
e alguns - mais atentos -
veem que existe algo mais.

cintila sobre a areia do litoral
marcas de conchas e estrelas,
algas mais.

o farol reluz fazendo o perdido
se encontrar no feixe brilhoso
ainda assim a luz se perde no infinito.

deixe sua marca enquanto pode
porque o mal já fez muitas
e o que fica é oposto
-não o posto de combustíveis voláteis-
o oposto do contrário dos avessos.

eis me aqui, por acaso, ao acaso
caso ou não caso?

d´alem mar

finda-se então
aquilo que não eras
agora vivo de outra forma
vives como querias

Perdem-se em vão
em terras nunca navegadas
mares nunca pisados
e céus nunca vislumbrados